O ESSENCIAL DA VIDA EREMÍTICA -
16.03.2025
O essencial da vida eremítica é a solidão, a vida de renúncia e de oração para procurar só a Deus (Thomas Merton, no livro “Homem algum é uma ilha, cap. 8 nº 13).
Ser eremita não é apenas mudar de ambiente ou de modo de se vestir. O hábito não faz o monge, nem as observâncias religiosas. A vocação eremítica implica numa completa conversão interior.
Observando-se a solidão, a vida de renúncia e de oração, as variações acidentais não vão interferir, não vão fazer nenhum estrago. É o que eu digo na regra de vida que publiquei no blog e no site: o(a) eremita pode muito bem participar de algum grupo paroquial e trabalhar num artesanato ou coisa parecida para seu sustento, desde que siga a orientação dada acima.
A mudança interior, a conversão para Deus a que o (a) eremita se propôs não vai ser quebrada se ele ou ela não deixarem o espírito de solidão e de prece e o amor exclusivo de Deus.
A conversão interior mostra externamente alguns sinais, como obediência, humildade, silêncio, desprendimento, modéstia, que, segundo o autor citado no início, se resume numa só palavra: PAZ.
Essa paz, segundo esse autor, ”É a paz de homens (mulheres) pobres, que estão sobrenaturalmente contentes com a sua pobreza, não por libertá-los esta das preocupações e responsabilidades do mundo, nem também por ajudá-los a levar uma vida essencialmente mais sadia e mais equilibrada do que a do mundo, mas porque ela, inexplicavelmente, os faz possuir o Deus de toda a paz.”
O segredo dessa paz é a regularidade. Se esta for quebrada por algum acontecimento, alguma visita, algum problema, deve ser logo restabelecida, para que a paz seja preservada.
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