A CONTEMPLAÇÃO

(17/07/15)

Sempre tive dificuldade em ficar diante de Deus sem dizer nada, como na contemplação. São João Maria Vianney, o “Cura-D’Ars”, dizia que orar é olhar para Deus sabendo que ele está olhando para você. São Carlos de Foucauld disse a mesma coisa, mas acrescentou: “É olhar para Deus amando-o”.

Pois bem! Nesta noite passada eu sonhei com a “essência” da contemplação: vi um jovem pintor diante de uma catedral tipo a de Milão, ou a de Notre-Dâme, ou a de St. Patrick, de N.Y. Perguntei-lhe por que ainda a estava olhando e não começara a pintá-la na tela. Ele me respondeu: “Primeiramente tenho que contemplá-la, ‘namorá-la’, perceber todos os seus detalhes, suas partes mais trabalhadas, para só depois retratá-la na tela”.

Eu acordei e logo entendi o sonho como a contemplação de Deus, simbolizado pela catedral: contemplá-lo é, antes de tudo, perceber sua misericórdia, sua bondade, sua majestade, seu poder, sua extrema, infinita humildade e, principalmente, checar o modo como ele faz tudo o que faz, a maneira como ele pratica tudo oque pede para praticarmos. Em seguida, retratá-lo em minha vida de tal forma que ela seja uma imagem viva da graça de Deus.

Coloquei-me diante do Santíssimo e tentei praticar essa nova inspiração. Não tive muito sucesso, pois cochilei vergonhosamente por várias vezes, mas foi a melhor contemplação que já fiz. Sei que haverão melhores!

Dizi o Pe. Howard, americano, num de nossos retiros da Fraternidade Jesus Cáritas em Mogi que, numa Hora Santa, se nós conseguirmos 5 minutos de contemplação verdadeira, já tivemos sucesso!

Venho, desde então, “perseguindo” esses 5 minutos, mas até agora só cheguei perto disso. Sei, porém, que se eu não desanimar, qualquer dia destes o conseguirei, e aí vou poder retratar um pouco mais Deus em minha vida!