13/11/17
Muitas vezes tenho sentido medo incrível do juízo particular, após a minha morte, e, por consequência, do juízo final.
A salvação é minha preocupação constante, e acho que também é a de muitas outras pessoas.
Entretanto, hoje ao meio-dia, ao ler a leitura breve da oração dessa hora, nesta segunda feira da quarta semana da Liturgia das Horas, minha mente e meu coração, de repente, como por inspiração divina, se aclararam. Meus olhos se fixaram no trecho ali determinado de Sabedoria 15,1.3: “Tu, nosso Deus, és bom e verdadeiro; lento para a ira, governas o universo com misericórdia. (...) Conhecer-te é a justiça integral, e reconhecer tua soberania é a raiz da imortalidade”.
Nós vemos Deus como um carrasco de espada em punho, pronto para decepar nossa cabeça a qualquer sinal de pecado. Que erro! Deus nos ama e nos quer com ele! Não está a fim de condenar-nos, a não ser se não quisermos ficar com ele.
Nada temos a perder! Por que tanto medo do inferno? Por que vivermos traumatizados ou com a síndrome do pânico por medo do nosso julgamento após a morte? Deus nos quer, nos ama e nos ajudará a vencermos nossos limites, pecados, manias, preocupações, ambiguidades! Ele é nosso Pai! Deixemos de vez o medo dele! Aproximemo-nos dele e ele sempre nos amparará.
O versículo 2, omitido na Liturgia das Horas, é este: “Mesmo pecando somos teus, pois reconhecemos tua soberania, mas não pecaremos, sabendo que te pertencemos”. Veja bem: mesmo com o pecado Deus não nos desampara, mas aguarda e “torce” para que nós nos arrependamos, a fim de podermos estar sempre com ele. Ele não nos forçará a entrarmos no céu. Mas é o que ele deseja, mais até do que nós mesmos desejamos.
Diz Efésios 3,20: “Deus é poderoso para realizar em nós muito além, infinitamente além de tudo o que nós podemos pedir ou conceber”.
É preciso mais do que isso para convencer você?
T.A.J.
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